terça-feira, 15 de outubro de 2013

OFICINAS IIISAEB2013


1.         OFICINA I
O novo romance histórico brasileiro: Propostas para a leitura no ensino médio

Cristiano Mello de Oliveira
(Doutorando PGL/UFSC)

Resumo :
O romance histórico, estabelecido no Brasil no século XIX- pela escritura de José de Alencar - comporta episódios e acontecimentos históricos que ilustram a história oficial da nação brasileira. No livro As Minas de Prata (1865-1866), a saga dos bandeirantes aventureiros é apresentada com intensa vivacidade e rusticidade, longe do pragmatismo pregado pelos livros históricos didáticos que visam explorar o mesmo assunto. Como sabemos a crítica literária brasileira, afirma que Alencar bebeu na fonte do escritor escocês Walter Scott nos seus clássicos Waverley (1814), Rob Roy (1818) e Ivanhoé (1819). A tríade romanesca apontada também caracteriza aquilo que o escritor francês Honoré de Balzac ilustraria na sua longa jornada literária de costumes: o cotidiano da sociedade francesa no mesmo século. Como podemos observar, a estratégia estilística da paródia, título do clássico ensaio.  A teoria da paródia (1985), da teórica canadense Linda Hutcheon, serviu estrategicamente, como ferramenta necessária para recompor os enredos desses escritores.  Basta observarmos o caso Paulo Setúbal, escritor paulistano, que recria picarescamente o universo historicista da vida da corte no Brasil, especificamente o Primeiro e Segundo Reinado, baseado na leitura de outros historiadores que fizeram o mesmo. A presente oficina pretende abordar de forma panorâmica os principais pressupostos da matriz do romance histórico contemporâneo escrito no Brasil após a publicação do livro Mad Maria (1980), do escritor Márcio Souza. De igual modo, a oficina visa esmiuçar os principais conceitos e formulações de alguns teóricos (Brasil, Argentina, Estados Unidos e Canadá) sobre a estrutura do romance histórico contemporâneo. Portanto, o minicurso visa deixar algumas contribuições para formação de público leitor e ao mesmo tempo como fator instigante para a confecção de novas pesquisas e investigações na área de Literatura.   
Palavras-chave: José de Alencar. Romance Histórico Tradicional. Novo Romance Histórico. Ruy Tapioca e Ana Miranda.

Breve currículo: Cristiano Mello de Oliveira é natural de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, no ano de 1976. Residiu nos Estados Unidos e Canadá durante os anos de 1997 e 1998. É sargento da reserva do Exército Brasileiro. É formado em Letras Português-Inglês e Pedagogia. Possui duas especializações: Literatura Brasileira e História Nacional e Sociologia Política. Pesquisador Capes. Ministrou várias palestras sobre Literatura no Brasil e no exterior. Pertence ao grupo de pesquisa Literatura, História e tradução, liderado pela Prof. Dra. Patrícia Peterle. Mestre em Literatura Brasileira pela UFSC, com a dissertação: “Considerações sobre a Construção Intelectual de Mário de Andrade: OTurista Aprendiz.”  Autor de vários artigos científicos em revistas acadêmicas. Autor do livro Ficção e Documento: Debates e Entrevistas Imaginárias sobre Temas Polêmicos com Mário de Andrade. Atualmente é escritor de crônicas e ensaios literários e cursa o doutorado em Literatura Brasileira pela UFSC, onde desenvolve o tema de pesquisa: “Literatura e História – A presença da Metaficção Historiográfica’ nas obras O proscrito, de Ruy Tapioca e Desmundo, de Ana Miranda.” CV: http://lattes.cnpq.br/0995398868290862

 
2. OFICINA II
Literatura, interação e mídia na educação
Verônica Cúrcio
(NUPILL/UFSC)

Resumo:
Já é senso comum afirmarmos que as novas tecnologias da informação e da comunicação permitem uma nova forma de trabalhar a educação em sala de aula. Nesta oficina, buscaremos ampliar o conhecimento a respeito das possibilidades de ensino-aprendizagem, fomentando discussão sobre recursos midiáticos para a aula de literatura, e sobre conceitos de interação, interatividade por meio da observação de alguns objetos virtuais de aprendizagem voltados para a literatura.
Palavras-chave: Literatura. Educação. Mídia. Interação. Objeto de aprendizagem.

Breve currículo: Verônica Cúrcio. Possui graduação em Letras - Língua e literatura alemãs pela Universidade Federal de Santa Catarina (2004), mestrado em Teoria Literária pela Universidade Federal de Santa Catarina (2007) e doutorado em Teoria Literária (2013) pela Universidade Federal de Santa Catarina. Tem experiência na área de Letras, atuando principalmente nos seguintes temas: leitura hipertextual, estatística de textos literários, literatura e informática, mídias na educação e educação a distância. Link para o Lattes: http://lattes.cnpq.br/2771620348557735.

 
3. OFICINA III
Literatura e Psicanálise: professar a/à memória
Mariana De Bastiani  Lange
(Ead/UFSC)

Resumo:
Esta oficina busca compartilhar reflexões e interrogativas acerca da formação do professor no que compete ao reconhecimento das implicações entre o ato de professar e a memória. A história de vida do professor não se aparta de sua prática, portanto, caberia propor um exercício de resgate e questionamento das nuances dessa história que transformou o aluno em professor. Sabemos que o ato de professar confere um endereçamento, no entanto, não percebemos que este endereçamento é concomitantemente um envio que parte da memória e é também a ela que ele se endereça. Ensinamos a fim de fazer memória no outro, porém, mal percebemos que é sobre a nossa memória e suas marcas que estamos falando. Assim, com o apoio das teorias de Jacques Lacan, Jacques Derrida, Sigmundo Freud, Roland Barthes e Didi-Huberman, são levantados questionamentos sobre a trajetória que leva alguns alunos até o quadro-negro, lugar de maestria e saber. De alunos a professores: com a escrita se articula com o professar e como os lugares de saber se movimentam em sua implicação com o rememorar?
Palavras-chave: Professar. Memória. Psicanálise.

Breve currículo: Mariana De Bastiani Lange. Psicanalista, possui graduação em Psicologia - bacharelado, formação de psicólogo e licenciatura -  pela UNIJUÍ (Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul) e mestrado em Literatura - Teoria Literária pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e Doutorado em Literatura - Teoria Literária (área: Intertextualidades Contemporâneas) na UFSC. É pesquisadora da Rede Internacional de Pesquisa Escritas da Experiência (Cnpq), oficineira integrante do Grupo de Estudos e Pesquisa em Psicanálise, Políticas e Cultura (Cnpq). Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicanálise, atuando na clínica psicanalítica, inclusive infantil. Tem experiência como docente nas disciplinas "Psicologia da Educação", "Contribuições das teorias psicanalíticas para a psicopedagogia" e "Procedimentos metodológicos da pesquisa interdisciplinar". Tem interesses voltados aos seguintes temas: psicanálise, clínica, escrita, ensino, literatura, inclusão. Desenvolve pesquisas em torno do tema da escrita e seus efeitos subjetivos, especialmente na área da Educação. Atua como oficineira coordenadora de grupos de Oficina de Escrita adulto e infantil, inclusive grupos de docentes. Professora de Pós-Graduação em Psicopedagogia. Como tema de doutorado, no âmbito da Teoria Literária, pesquisa sobre a interface entre literatura e psicanálise, especificamente sobre as relaçõe entre escrita e memória - a memória como uma escrita. Principais indagações: como formar cidadãos sem medo de escrever? De que modo o empoderamento por meio da escrita pode incidir sobre as questões subjetivas do sujeito, como suas noções de ética e responsabilidade, por exemplo? Que modalidades de ensino (ou antes: que formação docente) podem contribuir para o desenvolvimento destas questões? CV: http://lattes.cnpq.br/7662979297875925                        

           

 

     

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