sábado, 13 de dezembro de 2014

Comunicado

Informamos que houve mudança na programação original, quaL seja:
1. A conferência de Camila Tavares Leite será exibida em vídeo, às 11h30min.
2. O GT - Literatura, escrita e desejo foi transferido para o dia 17/12, às 16horas.
3. O Minicurso sobre Romance Histórico vai acontecer no dia 16/12 mais cedo, às 16h30min.
Atenciosamente,
Luciene Fontão
Coord geral do IV SAEB 2014

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

PROGRAMAÇÃO ORIGINAL





IV SAEB 2014 - Tema: Literatura, Educação, Leitura e Escritura:  Diálogos e Interações
Primeiro dia -  16 de dezembro de 2014
9h Abertura do evento
Exposição  ARQUIVO: "Memórias psicanalíticas de nossos nós"
Hall  do Auditório Henrique Fontes/ CCE/UFSC


9h30min - Conferência I 
"A habilidade de compreensão da leitura"
Dra Camila Tavares Leite (UFAL)


11h - Mesa Temática I  - "A importância da educação infantil na formação das crianças: contribuições para o processo de aquisição da leitura e linguagem escrita."
Dra Giandréia Reuss Strenzel (NDI/GEPOC/CED/UFSC)
Msc. Graziela Maria Beretta López (NDI/GEPETO/CED/UFSC)
Msc. Sônia Maria Jordão de Castro (NDI/GEPEI/CED/UFSC)


12h30min - Almoço


14horas -  GT. Texto e Ensino. Oficina - Gênero Textual - Resumo acadêmico
"Como se constitui um resumo acadêmico?"
Dra Luciene Fontão (PMF/SME)


PAUSA - 16horas






16h30min - GT - Literatura,  Desejo e Escrita
Coordenação:  Dra Mariana Lange (Psicanalista).
Este grupo de trabalho visa interrogar acerca das relações entre literatura, escrita e educação. Fundamentado nas relações entre literatura e psicanálise, somos reportados ao desejo e às reverberações deste no sujeito que se vê impelido a escrever. Os temas norteadores deste eixo de trabalho são: escrita, desejo, transmissão .


 COMUNICAÇÕES
1. "Transmissão e experiência: desaprender com Manoel de Barros"
Dra Mariana Lange (Psicanalista)

2. “Narrativa, imaginação e escrita: a ficção como impulso criativo da produção textual”   
Ms. Daniel Pereira Xavier Mendonça (Jornalista)
3. “Literatura na prática: reflexões sobre o exercício da escrita e da leitura
Priscila Lopes (Escritora)


18h30min - GT - Texto e Ensino - MINICURSO
"O novo romance histórico brasileiro duas leituras: A República dos Bugres (1999) e Conspiração Barroca (2008) de Ruy Reis Tapioca"
Cristiano Mello de Oliveira  (Doutorando PGL/UFSC, bolsista MEC/CAPES)


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Segundo dia - 17 de dezenbro de 2014
9h  - Exposição no hall do Auditório Henrique Fontes/ CCE/UFSC


9h30min - Conferência II 
Literatura Portuguesa -  "Por que ler Camões?"
Dr Stélio Furlan (UFSC)




11h - Mesa Temática II 
Projetos de incentivo à leitura e à escrita na escola
1. " Projeto Revista Brigadeiro - é gostosa e educativa"
Profª Aline Zilli Ziliotto (PMF/SME/ E.B.M. Brigadeiro Eduardo Gomes)


2. "Projeto do Livro que ensina, seduz e instiga"
Profª Elizete Soares Geraldi (SEED/Palhoça/SC/ Diretora da E.E.B Profª Claudete Maria Hoffmann Domingos)
3. "Leitura do afeto: segredo do leitor-voraz"
Profª  Ms Rosane Hart (Doutoranda PGL/UFSC)






12h 30min- Almoço




14h - GT - Metodologia de Língua Portuguesa e Literatura
Coordenação: Dra Daniela Bunn (Colégio Militar Feliciano Nunes Pires - CFNP)
Este grupo de trabalho discute a inserção dos gêneros textuais na literatura e como
este aspecto pode ser trabalhado nas aulas de língua portuguesa.


COMUNICAÇÕES

1. "Gêneros textuais e a literatura: algumas travessias" 
Dra Daniela Bunn (CFNP)
2. " Seminários Públicos no ensino de Língua Portuguesa"
Dra Fabiana Fidelis (IFSC/RS)
3. "A  intertextualidade de leituras africanas  nas aulas de Língua Portuguesa"
Ms  Marjorie Nunes Miranda da Rocha  (CFNP)
4. "Mistérios Aborrescentes"
Ms. Ana Kelly Brustolin (PGL/UFSC)




16h  - GT - Literatura Catarinense - Sessão diálogos literários
Coordenação: Dra Luciene Fontão (PMF/SME)
Este grupo de trabalho tem como tema a leitura e estudo da escrita de autores catarinenses, pauta-se  atualmente pelo Projeto de Pesquisa "Professores Escritores". A segunda edição da Sessão diálogos literários visa trazer professoras  e profissionais que se dedicam à escrita e fazem parte de Academias de Letras.


Convidadas da Segunda Sessão Diálogos Literários:
 Dra  Kátia Rebello (ADL)  e Dra Vilca Merízio (UFSC)


COMUNICAÇÕES
1."Projeto Professoras Escritoras: biografias, vidas em escrita" - Dra Luciene Fontão (PMF/SME)


2.."Projeto Literoarte" - Dra Vilca Marlene Merízio ( Academia Desterrense de Letras - ADL)"


18h - Mesa SAEB -  Proposições para pesquisas em ensino de Língua Portuguesa e Literatura para 2015.
Coordenação: Comissão organizadora e científica do IV SAEB 2014.


19h Encerramento.
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CADERNO DE RESUMOS IV SEMINÁRIO ANTONIETA DE BARROS: LITERATURA E ENSINO NA EDUCAÇÃO BÁSICA



  1. CONFERÊNCIAS


 


CONFERÊNCIA I  - UFSC/CCE/AUDITÓRIO -  16/12/2014, 9h30min.


A habilidade de compreensão da leitura


Dra. Camila Tavares Leite (UFAL)




A leitura é um processo tão usual para o bom leitor que, dificilmente, ele se pergunta sobre como ocorre este intricado e complexo processo. Mas qual é o conceito de bom leitor? Gabriel (2006) afirma que o leitor proficiente, ou o bom leitor, por definição é aquele para o qual a decifração do código não é mais um obstáculo e que, por isso, pode voltar toda sua atenção para a produção de sentido. Soares (2004) completa, ainda, que esse nível de proficiência em leitura não é uma característica inata, comum a todos os seres humanos, mas sim uma habilidade construída através de um longo processo de alfabetização e letramento, que vai modificando a forma de “ver” o código. Nessa nossa conversa, levantarei questões a respeito da aquisição da habilidade de compreensão leitora. Além disso, apresentarei, para discussão, resultados de um trabalho recente (MAGALHÃES; LEITE, 2014) sobre compreensão que considera a escrita, a leitura e a memória.


Palavras-chave: Leitura. Habilidade de compreensão. Escrita. Memória


 


CONFERÊNCIA II - UFSC/CCE/AUDITÓRIO - 17/12/2014, 9h30min.


Por que ler Camões?


Dr. Stélio Furlan (UFSC)




A presente comunicação, motivada pela ideia de que “todos os caminhos portugueses vão dar a Camões”, de José Saramago, volta à questão: Por que ler os clássicos? a partir de duas revisitações atuais da obra camoniana. Em Fica comigo esta noite, de Inês Pedrosa (2007), será considerada a construção da personagem de ficção Dinamene, protagonista do conto intitulado “A sombra das nuvens do mar”, alusão explícita à amada chinesa que Camões refere em seus poemas líricos. Em seguida, considerações sobre Uma viagem à Índia (2010), de Gonçalo M. Tavares, enquanto tentativa de uma epopeia contemporânea (ou do Contemporâneo), cujo interesse é redobrado pela rede de relações com o célebre poema épico camoniano Os Lusíadas, lançado em 1572, obra prima da literatura universal.


 Palavras-chave: Leitura. Clássicos. Literatura


 


  1. MESAS TEMÁTICAS
     


 MESA TEMÁTICA I  - UFSC/CCE/AUDITÓRIO - 16/12/2014, às 11 horas.


 


A importância da educação infantil na formação das crianças: contribuições para o processo de aquisição da leitura e linguagem escrita.


Dra. Giandréa Reuss Strenzel (NDI/GEPOC/CED/UFSC)
(CV: http://lattes.cnpq.br/3945973109466747)


Parafraseando Luria (1988), a história da escrita na criança inicia muito antes da primeira vez em que o professor coloca um lápis em sua mão e lhe mostra como são formadas as letras. Como eixo de discussão, a mesa pretende apresentar como ocorre o processo de aquisição da leitura e linguagem escrita na criança e a importância da educação infantil nesse processo de letramento.
Palavras-chave: Leitura. Processo de Aquisição. Linguagem Escrita.




Ms. Graziela Maria Beretta López (NDI/GEPETO/CED/UFSC)




Ms. Sônia Maria Jordão de Castro (NDI/GEPEI/CED/UFSC)




É na Educação Infantil que se inicia a formalização da educação da criança. Uma forma de se concretizar isso é adotando um currículo que oriente o trabalho do professor no sentido de proporcionar à criança uma progressiva inserção no mundo social e no mundo da natureza, oportunizando o desenvolvimento da linguagem por meio das artes visuais, da música, da expressão corporal, das representações simbólicas e da escrita. Um aspecto importante da introdução no mundo da escrita, que pode se fazer por diferentes meios, é o contato da criança com o material escrito, ou seja, com a língua escrita. Desta forma, é importante a organização de contextos de letramento, de forma que a criança conviva com material escrito em suas várias formas e gêneros (SOARES, 2011). Entretanto, antes de chegar à apropriação da linguagem escrita e da leitura, a criança vivencia um período caracterizado como a pré-história da escrita (LURIA, 1988) onde se destacam os gestos, os rabiscos, os jogos simbólicos ou brincadeiras de papéis sociais e o desenho. A presente exposição tem como objetivo apresentar e discutir algumas possibilidades do trabalho pedagógico na educação infantil, abordando o desenho e as brincadeiras de papéis sociais como meios importantes para a aprendizagem e o desenvolvimento da linguagem escrita e da leitura na criança.


Palavras-chave: Educação da criança. Representações simbólicas. Desenvolvimento da linguagem.


 


 


MESA TEMÁTICA II - UFSC/CCE/AUDITÓRIO - 17/12/2014, às 11horas.


Projeto Revista Brigadeiro – é gostosa e educativa


Profª Aline Zilli Zilliotto


(PMF/SME/ EBM Brigadeiro Eduardo Gomes)


Este projeto, realizado desde 2012, é uma parceria com a sala informatizada da EBM Brigadeiro Eduardo Gomes e visa a produção de uma revista digital pelos alunos, trabalhando os gêneros textuais estudados durante o ano letivo. A ideia de fazer a revista surgiu do interesse dos alunos pelo meio virtual, assim a produção textual realizada em sala de aula, com os diversos gêneros discursivos, poderia ser conhecida e apreciada por outros leitores, através da publicação da revista. Os textos são produzidos pelos alunos, com o intuito de informar e divulgar os projetos que acontecem na escola; e as ferramentas da sala informatizada são utilizadas para a formatação da revista e publicação no blog da escola. Com isso, os alunos transformam-se em autores de textos para web (hiperautor), onde são, na maioria das vezes, só leitores; ampliam o conhecimento dos gêneros textuais que circulam nas revistas, melhoram e aprimoram a linguagem. O objetivo é produzir uma revista por ano e aproximar a comunidade escolar da produção dos alunos na escola.


Palavras-chave: Revista Digital. Gêneros textuais. Aluno-hiper-autor.


 


Livro uma viagem que instiga, seduz e ensina.


Profª Elizete Soares Geraldi


(SEED/Palhoça/ Diretora da E.E.B.)


O presente artigo descreve e reflete sobre o projeto de leitura com alunos do ensino fundamental na EEB Profª Claudete Maria Hoffmann Domingos. Um projeto que possibilita aos alunos um momento de leitura, reflexão e aprendizagem a partir do que lê. O acesso restrito à leitura no núcleo familiar e a falta de incentivo, têm ocasionado pouco interesse para leitura e, por consequência, dificuldades marcantes que sentimos na escola: vocabulário precário, reduzido e informal, dificuldade de compreensão, erros ortográficos, poucas produções significativas dos alunos, conhecimentos restritos aos conteúdos escolares. Faz-se necessário que a escola busque resgatar o valor da leitura, como ato de prazer, requisito para emancipação social e promoção da cidadania. Através da leitura o ser humano consegue se transportar para o desconhecido, explorá-lo, decifrar os sentimentos e emoções que o cercam e acrescentar vida ao sabor da existência. Pode, então, vivenciar experiências que propiciem e solidifiquem os conhecimentos significativos de seu processo de aprendizagem. Neste sentido, entende-se como dever propiciar aos nossos educandos momentos que possam despertar neles o gosto pela leitura, o amor ao livro, a consciência da importância de se adquirir o hábito de ler. O aluno deve perceber que a leitura é o instrumento chave para alcançar as competências necessárias a uma vida de qualidade, produtiva e com realização. Sabe-se que, do hábito de leitura dependem outros elos no processo de educação. Sem ler, o aluno não sabe pesquisar, resumir, resgatar a ideia principal do texto, analisar, criticar, julgar, posicionar-se. Este projeto contou com o apoio dos professores, pois a equipe docente tem plena consciência de que o aluno deve ter o domínio sobre a língua oral e escrita, tendo em vista sua autonomia e participação social. Assim, estimulando a leitura,  nossos alunos poderão compreender melhor o que estão aprendendo na escola, e o que acontece no mundo em geral, aproximando-se de um horizonte totalmente novo. 


Palavras-chaves: Leitura. Aprendizagem. Projeto.


 


Literatura do afeto: segredo do leitor-voraz


Rosane Hart (Doutoranda PGL/UFSC)




 


Durante sete anos, acompanhamos uma turma do 1º ao 7º ano da E.E.B. José Boiteux, escola da rede estadual de ensino, localizada em Florianópolis (SC) em busca de evidências de como poderíamos formar um sujeito-leitor. Não bastava reconhecermos as práticas de leitura adotadas e, consequentemente, as analisar. Seria necessário perceber de que forma a escola realmente contribuí – e se contribuí – para o aparecimento do sujeito-leitor. A construção das memórias de leitura desses alunos foi reveladora. Como se deu o processo de leitura desses jovens para que hoje tenhamos decifradores, leitores e leitores-vorazes em um grupo que trilhou os mesmos caminhos? Encontramos uma pista, há um pilar que sustenta o aparecimento do leitor-voraz – a literatura do afeto.


Palavras-chave: Sujeito-leitor. Práticas de leitura. Literatura do afeto.


 


  1. GRUPOS DE TRABALHO E PESQUISAS


GT 1. TEXTO E ENSINO – UFSC/CCE/AUDITÓRIO, às 14 horas


Este GT pauta-se por apresentar estudos sobre gêneros textuais literários e não literários, em que a materialidade do texto é o foco de análise nos diferentes olhares que a literatura  e a linguagem nos proporcionam. Ao mesmo tempo em que há uma busca de possibilidades para o ensino que favorecem a ampliação do conhecimento sobre o material verbal em estudo.


 


OFICINA - GÊNERO TEXUTAL - RESUMO ACADÊMICO.


Como se constitui um resumo acadêmico?


Dra. Luciene Fontão (PMF/SME)




Das muitas necessidades de escrita no mundo acadêmico, uma das que mais aparece como nó dos iniciantes à carreira acadêmica é, sem dúvida, a construção de resumos. O resumo é o gênero textual que precede o artigo acadêmico, o trabalho de conclusão de curso, o relatório, a  dissertação e a tese, além de ser o instrumento de análise e de avaliação para ingresso e aceite nos eventos de iniciação à pesquisa, simpósios, seminários, congressos. É com um resumo que o pesquisador se insere na vida movimentada da academia, porque é o texto que o apresenta no seu currículo Lattes e que o precede na avaliação feita por uma comissão científica. O resumo precisa mostrar ao leitor o caráter científico da pesquisa a ser comunicada oficialmente em eventos nacionais e internacionais. O objetivo da oficina é apresentar a técnica de escrever resumos, com base nas normas brasileiras ditadas pela ABNT - associação brasileira de normas técnicas.


Palavras-chave:  Gênero textual. Resumo. Técnica.


 


MINICURSO - UFSC/CCE/AUDITÓRIO - 16/12/2014, às 18h30min.


O NOVO ROMANCE HISTÓRICO BRASILEIRO - DUAS LEITURAS: A REPÚBLICA DOS BUGRES (1999) E CONSPIRAÇÃO BARROCA (2008) DE RUY REIS TAPIOCA.


Cristiano Mello de Oliveira (UFSC-CAPES)




É paradigmático dizermos que o Novo Romance Histórico Brasileiro rompe muitas barreiras engessadas e cristalizadas pelos romances históricos de tradição realista. Se assim podemos nos expressar, essa mutação genealógica que subtrai os padrões normativos daquele período (situado no século XIX) para permutar sua corajosa roupagem.  Nesses, a áurea petrificada, calçada com azulejos referenciais, tinha como base a realidade de época, ensejando olhares pertinentes à soberania nacional.  A bem da verdade, o romance histórico realista possuiu papel diplomático nas relações com as outras nações, importando características estrangeiras, todavia, mantendo sua postura estética na representação do país, como foi o caso de José de Alencar com o romance As minas de prata (1865-1866). Já o novo surgimento do romance histórico brasileiro, especificamente na década de 70 e 80, estaria diretamente ligado, como aponta a crítica, aos romances Galvez, Imperador do Acre (1976), Mad Maria (1980), O Brasileiro Voador (1985), do escritor amazonense Marcio Souza. Ainda na década de 1980, fruto de algumas especulações paródicas dos romances de Arthur Conan Doyle, temos o clássico romance italiano O nome da rosa (1980), do escritor Umberto Eco. Por tabela, na década de 1990, muitos romances históricos também forneceram conteúdos curiosos para boa parte do público leitor interessado acerca da realidade nacional, alcançando assim um grande número de publicações em torno do gênero. Nessa época, a cearense Ana Miranda publicou os romances Boca do Inferno (1989), O retrato do rei (1991) Desmundo (1996), Dias e Dias (2002), para enumerar apenas os principais. Por conseguinte, no início do século XXI, teremos o fenômeno de vendas, anunciado pelo jornalismo histórico literário empreendido tanto por Laurentino Gomes, quanto pela historiadora Mary del Priore.  Diante dessa efervescência cultural, temos os romances A República dos Bugres (1999) e Conspiração Barroca (2008) do escritor baiano Ruy Reis Tapioca como obras literárias que remontam o passado histórico por meio de um pano de fundo condizente à época dos séculos XIX e XVIII, respectivamente. O primeiro narra a chegada da Família Real Portuguesa em Salvador e no Rio de Janeiro (1808), a Independência do Brasil (1822), a Guerra do Paraguai (1864-1870), a transição do regime monárquico para o regime republicano (1889). Por outro lado, o segundo narra os acontecimentos da conspiração separatista chamada Inconfidência Mineira (1789), assim como a vida do famoso escultor brasileiro Francisco Antônio Lisboa (vulgo Aleijadinho).  No presente curso refletiremos sobre o Novo Romance Histórico Brasileiro, tecendo considerações a respeito de algumas conceituações trabalhadas por alguns pesquisadores, realizando uma leitura panorâmica de ambos os romances mencionados. Tomamos como leituras-base para realização dessa breve exposição, a saber: PONS (1996); BASTOS (2000); ESTEVES (2010), WEINHARDT (2004), entre outros necessários para contemplação do tema. Objetivamos por meio de essa conferência deixar algumas contribuições para pesquisas e novas investigações sobre o tema nos meios acadêmicos.


Palavras-chave: Romance Histórico. República dos Bugres. Conspiração Barroca.


 


GT 2. LITERATURA, DESEJO E ESCRITA - UFSC/CCE/AUDITÓRIO - 16/12/2014, às 16h30min


Este grupo de trabalho visa interrogar acerca das relações entre literatura, escrita e educação. Fundamentado nas relações entre literatura e psicanálise, somos reportados ao desejo e às reverberações deste no sujeito que se vê impelido a escrever. Os temas norteadores deste eixo de trabalho são: escrita, desejo, transmissão.


 


Transmissão e experiência: desaprender com Manoel de Barros


Dra Mariana De Bastiani Lange


(Psicóloga, psicanalista, doutora em literatura)




O poeta brasileiro Manoel de Barros, falecido recentemente, deixa em sua obra potencialidades e aberturas para a pesquisa na área de educação. Manoel de Barros brinca com as palavras, com a gramática e com os verbos, e não raro volta-se para o encontro da criança com o mundo do conhecimento, mostrando facetas da escolaridade avessas à criação e ao prazer das descobertas. Embalados por essas nuances que permeiam a prática do professor, trabalharemos com a escrita de Manoel de Barros a fim de tecer relações com a transmissão. O que se transmite aos alunos não são apenas as letras, mas o desejo de escrever, problemática que será esmiuçada a partir dos poemas. Para embasar este trabalho, nos amparamos na psicanálise e o que podemos perceber enlaçando escrita e transmissão.


Palavras-chave: Manoel de Barros. Desejo de escrever. Transmissão.


 


Narrativa, imaginação e escrita: a ficção como impulso criativo da produção textual


Ms. Daniel Pereira Xavier Mendonça




Mais do que a representação de uma experiência, a escrita é a própria experiência. Mais do que traduzir o mundo, a escrita inventa um mundo (ou vários), já que ele não é matéria pronta, hermética, imutável, portanto precisa ser recriado a todo momento pela linguagem. As narrativas de ficção, na literatura, no cinema, nas histórias em quadrinhos, na novela, etc., representam um universo inesgotável de estímulo à sensibilidade do(a) escritor(a). Dessa forma, o trabalho sobre narrativas nas aulas de redação e oficinas de escrita é parte fundamental do processo de lapidação de linguagem que aumenta a capacidade criadora também para outros tipos textuais, como o dissertativo-argumentativo. “O olho vê, a memória revê e a imaginação transvê” (Manoel de Barros). Escrever com os olhos, compor imagens em textos, ficcionar a realidade: alguns desafios para o ensino da escrita em sala de aula.


Palavras-chave: Escrita. Narrativas de ficção. Experiências.


 


Literatura na prática: reflexões sobre o exercício da escrita e da leitura.


Priscila Lopes (Escritora)


Partindo do princípio de que cada ser humano é individual, e possui tempos e interesses diferentes, como enfrentar os desafios da literatura na escola? Propostas de incentivo à prática da escrita e da leitura a partir das experiências da escritora, desde a infância à fase adulta.


Palavras-chave: Desafios. Escrita. Literatura.


 


GT 3 -  METODOLOGIAS DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA - UFSC/CCE/AUDITÓRIO - 17/12/2014, às 14 horas.


O objetivo é discutir a inserção dos gêneros textuais na literatura e como este aspecto pode ser trabalhado nas aulas de língua portuguesa..


 


Gêneros textuais e a literatura: algumas travessias


Dra. Daniela Bunn


(Colégio Militar Feliciano Nunes Pires)




A comunicação visa discutir a inserção dos  gêneros  textuais  na  literatura para  crianças  e  como este  aspecto  pode  ser trabalhado nas aulas de Língua Portuguesa de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais. Propõe-se articular os conceitos de intertextualidade e estranhamento, a partir de propostas com diferentes gêneros textuais. O artigo tem como objetivo ressaltar metodologias indicadas por Gianni Rodari e articulá-las com a filosofia da diferença proposta por Deleuze e Guattari. Pretende-se analisar algumas propostas de trabalhos e indicar leituras literárias como Procura-se Lobo!(2005), de Ana Maria Machado, a fim de possibilitar a reflexão sobre a travessia dos gêneros textuais na literatura para crianças.


Palavras-chave: Gêneros Textuais. Literatura. Intertextualidade.


 


 


Seminários Públicos no ensino de Língua Portuguesa


Dra Fabiana Cardoso Fidelis (IFSC/Canoas/RS)


 (CV: http://lattes.cnpq.br/2027109775652009)


 Os cursos superiores tecnológicos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – Câmpus Canoas têm em seu projeto pedagógico o componente curricular Português Instrumental. Os alunos, por no mínimo doze anos, estudaram português no currículo da Educação Básica, havendo o questionamento do motivo pelo qual devem novamente estudá-la. Questiona-se também o quão superior são os conteúdos propostos na ementa em relação ao ensino que já tiveram. Não se pretende que o componente curricular Português Instrumental seja “supletivo” em relação aos problemas de escrita e leitura geralmente diagnosticados como decorrentes das deficiências da educação básica. A proposta metodológica do Português Instrumental é a de que o aluno exercite o escrever para "dizer algo para alguém" e o ler para "dialogar e discutir" com os textos lidos. Deve também aplicar as regras gramaticais da língua portuguesa padrão, bem como conhecer e produzir os gêneros textuais da área acadêmica e profissional. Para haver a apropriação da linguagem escrita, o aluno deve se comprometer com a produção de seu texto, escrevendo-o e reescrevendo-o a fim de estabelecer diálogo com seus leitores. Para que isso ocorra, uma das atividades realizadas ao longo do componente curricular envolve a elaboração de um projeto de pesquisa e de estudo, com a finalidade de participar em um seminário público. O tema do seminário é decidido em conjunto pela turma e delimitado individualmente ou em dupla. Esta prática proporciona bons resultados, na medida em que os alunos comprometem-se com a leitura e escrita necessárias para investigar o tema escolhido e apresentá-lo, numa situação real e formal de comunicação oral, a ouvintes da comunidade do IFRS – Câmpus Canoas.


Palavras-Chave: Língua Portuguesa. Metodologia. Seminário.


 


A  intertextualidade de leituras africanas  nas aulas de Língua Portuguesa


Ms. Marjorie Nunes Miranda da Rocha


(Colégio Militar Feliciano Nunes Pires)




A proposta é discutir a metodologia aplicada em sala de aula de modo que a  intertextualidade de leituras   africanas esteja inserida no currículo escolar, proporcionando ao aluno um contato com diferentes gêneros e a  leitura de obras publicadas. A atividade desenvolvida em sala de aula com alunos dos 8º anos ocorreu de forma interdisciplinar, utilizando os conhecimentos adquiridos nas matérias de História, Artes, Religião e Geografia. A percepção da identidade é relevante quando dialogamos com outra cultura, por isso as questões de interpretação têm como foco desenvolver um olhar crítico sobre os textos, o que leva a um maior entendimento  em questões  comparativas e o desenvolvimento da produção textual. O referencial teórico dessa proposta está vinculado as leituras dos textos de João Wanderley e Bakhtin. Essa perspectiva de trabalho também é mais uma forma de atender  a Lei Nº  11.645, de 10 de março de 2008   com a obrigatoriedade do estudo da “ História e Cultura  Afro-brasileira  e Indígena nas escolas.” Assim, perceber as semelhanças e diferenças nos textos chama atenção para as especificidades de cada lugar.


Palavras-chave: Leituras africanas. Intertextualidade. Comparação.


 


Mistérios aborrecentes...


Ms Ana Kelly Brustolin  (PGL/UFSC)




A sociedade atual vive momentos de significativas mudanças em decorrência dos avanços tecnológicos que requerem da sociedade adaptação e ampliação das possibilidades de informação e comunicação, tornando-se necessária a busca cotidiana pela inclusão digital. Em um mundo cada vez mais globalizado, utilizar as novas tecnologias de forma integrada ao projeto pedagógico é uma maneira de se aproximar dos alunos. Este trabalho é resultado de um projeto “literatura fantástica – contos de mistério, terror e medo” desenvolvido no ano de 2011, na disciplina de língua portuguesa, para a turma de sétima série (sexto ano) do ensino fundamental da rede pública de ensino de Florianópolis, durante dois meses, pela professora Ana Kelly. Realizou-se trabalhos com os contos de mistério e terror, o que possibilitou a ampliação do conhecimento dos alunos sobre as diversas culturas, estímulo à leitura e contação de histórias e, ao mesmo tempo, o trabalho com o vocabulário deles, tanto na escrita quanto na oralidade (GERALDI, 1993). Fez-se, ainda, concomitantemente, o uso de ferramentas tecnológicas, como televisão (videoclipe), aparelhos eletrônicos e computadores, a fim de instigar os alunos a produzirem, divulgar os textos deles e promover uma interação com base nas leituras dos textos uns dos outros, bem como de toda a comunidade escolar, tornando o texto “público”. Cabe à escola repensar suas práticas e adaptar-se para uma possível inserção nesse processo de construção do conhecimento por meios virtuais, que vai mais além do que a oralidade e a escrita, como também, de recursos tradicionais como: giz, lousa e livro didático. No decorrer deste projeto, incentivou-se, em especial, o gosto pela leitura e imaginação, visto que escutar uma história “envolve ir à frente da história, antecipando a ação, fazendo conexões e produzindo sentidos” (GRAINGER, 1997, p. 41) e o resultado final pode ser conferido no blog da turma: http://t71-ebias.blogspot.com.br/.


Palavras-chaves: Leitura. Imaginação. Língua portuguesa. Tecnologia.


 


 GT 4- LITERATURA CATARINENSE - SESSÃO DIÁLOGOS LITERÁRIOS - UFSC/CCE/AUDITÓRIO - 17/12/2014, às 16horas.


Este grupo de trabalho tem como tema a leitura e estudo da escrita de autores catarinenses, pauta-se  atualmente pelo Projeto de Pesquisa "Professores Escritores". A segunda edição da Sessão diálogos literários visa trazer professoras  e profissionais que se dedicam à escrita e fazem parte de Academias de Letras.


 


 Projeto Professoras Escritoras


Dra Luciene Fontão (PMF/SME)




O Projeto consiste em compilar, socializar e divulgar pesquisas sobre a vida e obra de professoras escritoras nascidas em Santa Catarina, atuantes do Século XX, a partir dos diálogos e interações estabelecidos com a leitura dos textos, bem como na sessão “Diálogos Literários”, no evento SAEB. O projeto em seus quatro anos de existência tem revitalizado e reverenciado a memória de escritoras Catarinenses, como Antonieta de Barros, Delminda Silveira e Maura de Senna Pereira.


Palavras-chave: Professora. Escrita. Santa Catarina. Autoria.


 


Literarte: proposta de interação  entre escritores e professores de escolas públicas municipais


Dra Vilca Marlene Merízio


(Academia Desterrense de Letras)


Amparada na experiência  de 52 anos ininterruptos com o ensino de língua portuguesa e de literaturas  brasileira e portuguesa (47 deles no Estado de Santa Catarina), também  motivada pelo acompanhamento atualizado por participações como avaliadora de concursos na área da educação (Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, Prêmio RBS de Leitura, comissão de avaliação de redação de vestibulares,  bancas de mestrado e doutorado) e, ainda,  na qualidade de revisora de textos literários e acadêmicos,  manifesto o desejo de ver intensificada pelos órgãos públicos a formação continuada dos professores  da educação básica no que tange à leitura e à escrita. O fato de o professor ser ele  mesmo cooptado pela leitura prazerosa ou de informação  pode  garantir o sucesso educacional de toda uma geração. Contribuir para a formação do professor-leitor é fundamental para aprimorar, além do seu horizonte cultural e cognitivo, a sua própria motivação  no sentido de melhor querer e melhor saber liderar o  processo  que levará os alunos à descoberta do prazer da leitura e da conquista do domínio da interpretação de textos. Por isso, a proposta de execução do projeto Literarte: interação de escritores e professores de escolas públicas municipais com vistas à leitura lúdico-hedonista, cujos objetivos gerais centram-se na contribuição para o enriquecimento literário do professor da rede municipal de ensino de Santa Catarina mediante o estímulo à leitura prazerosa e de qualidade, proporcionando-lhes o contato direto com os escritores de Santa Catarina, estimulando a leitura de suas obras e aprofundando o prazer de ler e de escrever, ao mesmo tempo em que se divulga a Literatura Catarinense, com ênfase nas obras de seus autores contemporâneos.


 Palavras-chave: Literarte. Professoras. Escritoras. Projeto.


 


 BREVE BIOGRAFIA DE VILCA MARLENE MERÍZIO.


Vilca Marlene Merízio,  escritora,  pesquisadora, conferencista e artista plástica, nasceu em Brusque (SC) e, desde 1963, vive em Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.  Doutorou-se em Literatura Portuguesa Contemporânea na Universidade  dos Açores, Portugal (1992); é Mestre em Literatura Brasileira (1978) e graduada em Letras/Línguas e Literaturas – Português e Francês - (1973)  pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestre em Reiki (1999).


Há 51 anos exercendo a profissão no Magistério Público, foi professora de Língua  Portuguesa, Literatura Brasileira e  Literatura Portuguesa. Desde 1977, quando assumiu o ensino público superior, idealizou e coordenou programas e projetos nos âmbitos da educação,  da cultura e das artes, com especial relevo, da literatura,  no Brasil e em Portugal. Participou de comissões de avaliação de redação no vestibular catarinense de 1978 a 2012, (UFSC e ACAFE)  e continua a participar de outras comissões julgadoras em concursos públicos nacionais e do Estado, assim como de júri de mestrado e doutorado em universidades brasileiras. Foi pesquisadora do Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, Portugal e da CAPES, Brasil. Ex-Presidente da Associação Catarinense de Artistas Plásticos–ACAP. Cofundadora da Associação dos Poetas Livres de Florianópolis. Ex-Vice-Presidente da Academia São José de Letras. É membro da Academia Desterrense de Letras (Florianópolis) e da Associação Internacional dos Colóquios da Lusofonia, Portugal.


Atualmente, aposentada,  dedica-se à escrita de livros (ensaios, poesia e contos), à pesquisa literária e holística e a ministrar cursos e seminários, mantendo-se no mercado das artes com exposições de pintura em ambientes culturais. Profere conferências no Brasil e em Portugal.


                


PUBLICAÇÕES DE VILCA MARLENE MERÍZIO


2013-  Dá ROSAS, ROSAS,  a quem sonha rosas. Sobre alguns poetas, escritores e artistas brasileiros e portugueses. Estudos Literários. Vol. II.  Blumenau: Nova Letra. 403 p.
2012 - Memorial Undime-SC no seu Jubileu de Prata. Pesquisa, organização e texto. Florianópolis: UNDIME-SC/Sagrada Família, 192 p.
2011 - Janelas da Alma, livro de afetos e desejos. 25 anos de poesia. Florianópolis: Papa-Livro, 230 p.
2004 - A História de Um Amor Feliz (Estudo Literário). Florianópolis: Edição da Autora, 375 p.
 2004 - Açores... De memória (Contos). Florianópolis:  Edição da Autora,  122 p.   (Esgotado)                                     
1996 - Quase...  de Corpo Inteiro (Poesia). Poemas escritos nos Açores. Prefácio do Prof. Doutor A.M.B. Machado Pires, ex-Reitor da Universidade dos Açores. Florianópolis: Edição da Autora, 190 p.  (Esgotado) 
1979 - Experiência de Ensino-Aprendizagem, Premiado no Concurso Nacional de Ensino de Redação, Ministério da Educação e Cultura, Brasília. 1979 (1ª ed.); 1980 (2ª ed.), 180 p. (Esgotado).
Tem publicações em Antologias, Coletâneas, Jornais e Revistas Literárias e Revistas de Cultura do Brasil e de Portugal.   


 


IV SEMINÁRIO ANTONIETA DE BARROS: LITERATURA E ENSINO NA EDUCAÇÃO BÁSICA - EDIÇÃO 2014.


AGRADECIMENTOS:


1. MEC/CAPES/PAEP - PROGRAMA DE APOIO A EVENTOS NO PAÍS
2. UFSC - CENTRO DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO


3. DEPARTAMENTO DE LÍNGUA E LITERATURAS VERNÁRCULAS.
4.. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE FLORIANÓPOLIS/SC


5. PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS
6. MEMBROS DA  COMISSÃO CIENTÍFICA
7. COMISSÃO ORGANIZADORA
8..PARTICIPANTES COMUNICADORES E OUVINTES.


9. PROFESSORES ESCRITORES QUE VIVENCIARAM O PROJETO.
10.PALESTRANTES: Dra CAMILA TAVARES LEITE (UFAL) e Dr. STÉLIO FURLAN (UFSC)