Semana
Antonieta de Barros:
Literatura e Ensino na Educação Básica
Expediente: Ano II V.2 N.2 2012 ****** ISSN 22363769 ******
Anais...II SAEB 2012
INTEFACES:
LINGUAGENS, INTERAÇÃO, LITERATURA E PRODUÇÃO TEXTUAL
Divulgação de pesquisas de profissionais que atuam na Educação Básica,
promovendo a reflexão, divulgação e criação de espaço para a interação de
conhecimentos relacionados à Literatura e Ensino, com o intuito de aprimorar
práticas educativas no cotidiano da escola.
Luciene Fontão
Daniela Bunn
Mariana Lange
(Organizadoras)
ILHA DE
SANTA CATARINA
2012
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II Seminário
Antonieta de Barros: Literatura e Ensino na Educação Básica
Interfaces:
Linguagens, Interação, Literatura e Produção Textual
Anais...IISAEB20122ª edição – Ano 2012
Comissão
Organizadora:
Adris
André de AlmeidaDaniela Bunn
Dirceu Elenilton Lauermann
Luciene Fontão
Márcia Bianchi
Marcio Markendorf
Mariana Lange
Verônica Cúrcio
Daniela Bunn
Luciene Fontão
Márcia Bianchi
Apoio
Institucional e Agradecimentos
Coordenadoria
de Aperfeiçoamento de Profissionais do Ensino Superior – CAPESPrograma de Apoio a Eventos no País - PAEP
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC
Centro de Comunicação e Expressão - CCE
Departamento de Língua e Literatura Vernáculas - DLLV
Pós-graduação em Literatura - PGL
Curso de Cinema da UFSC
Secretaria Municipal de Educação do Município de Florianópolis/SC - SME
Departamento de Ensino Fundamental - DEF
Departamento de Educação de Jovens e Adultos - DEJA
Realização:
NECUCA –
Núcleo de Estudos Culturais Catarinense.
“Este poema vivido, cada dia, com
o mesmo entusiasmo, com a mesma emoção, com a mesma consciência, não desmerece,
nunca, na sua extraordinária beleza de simplicidade, nem do seu infinito valor,
porque, por ele, mais se firma, e eleva, e sublima a força moral, que é a nossa
própria dignidade, e que nos permite viver de pé, agir de pé [...]”. (Antonieta
de Barros)
PALESTRA – 13/11/2012 – 9h
GÊNEROS TEXTUAIS E DISCURSIVOS
Gil Roberto Negreiros (UFSM)
MESA TEMÁTICA – 13/11/2012 – 10h30min
METODOLOGIAS PARA SALA DE AULA EM LÍNGUA PORTUGUESA: LITERATURA E ENSINO
Convidada: Suzana Scramim (UFSC)
Relatos de Experiência:
Aline Zilli (EBM Brigadeiro Eduardo Gomes)
Luciene Fontão (SME/DEJA/EJA Matutino I)
PALESTRA – 14/11/2012 – 9h
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Camila Tavares Leite (UFMG)
MESA TEMÁTICA – 14/11/2012 – 10h30min
LEITURA E LITERTURA NA EDUCAÇÃO BÁSICA
Convidada: Mary Cerutti Rizzatti (UFSC)
Relatos de Experiência:
Fernanda Muller(Colégio de Aplicação/UFSC)
Márcia Bianchi (SEED/SC – Chapecó)
MINICURSOS – Das 14h às 17h
OFICINA DE ADAPTAÇÃO - ROTEIROS CINEMATOGRÁFICOS
Data: 13 de novembro de 2012
Fernanda Muller e Marcio Markendorf
OFICINAS DE ESCRITA- CRIAÇÃO LITERÁRIA E PRODUÇÃO ACADÊMICA
Data: 14 de novembro de 2012
Luciene Fontão e Mariana Lange
GRUPOS TEMÁTICOS
GT 1: Formação de Leitores
13 de novembro das 18h às 20hAdris André de Almeida
Fernanda Gonçalves e Gisele Gonçalves
Luciana Kornatzki e Sonia Maria Martins de Melo
Mariana Lange
Marcia Bianchi
GT 2 e 3: Produção para Crianças e jovens: texto e imagen
14 de novembro das 17h30min às 18h30minEliane Debus e Simone Cintra
Maria Laura Pozzobon Spengler
Daniela Bunn
GT4: Texto e Ensino
14 de novembro das 18h30min às 20hLuciene Fontão
Lisley Canola Treis Teixeira e Bárbara Rafaela Brummer
Cristiano Mello de Oliveira
Rafaella Machado
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GÊNEROS TEXTUAIS E DISCURSIVOS
Considerações básicas e propostas sobre ensino de língua portuguesa e
gêneros textuais orais
Gil Roberto Costa Negreiros
(UNINCOR e UFMS)
Resumo: A
palestra tem como tema a questão dos gêneros textuais no ensino de língua
portuguesa. O objetivo é refletir sobre a importância de trabalho didático,
tendo em vista a concepção de gênero textual, além de propor alternativas de
trabalho com gêneros textuais orais. Para tanto, apoiamo-nos, teoricamente, em
Bakhtin. Como resultado, demonstraremos que a proposta pode ser uma atividade
importante e fundamental no desenvolvimento oral dos alunos.
Palavras-chave: Gênero
textual oral. Ensino. Língua Portuguesa. Didática.
ALFABETIZAÇÃO E
LETRAMENTO:
A COMPREENSÃO COMO RESULTADO
Camila Tavares Leite
(UFMG)
Palavras-chave: Alfabetização. Letramento.
Leitura. Compreensão.
MESA TEMÁTICA 1
METODOLOGIAS PARA SALA DE AULA EM LÍNGUA PORTUGUESA: LITERATURA E ENSINO
Resumo:
Para obter excelencia no ato de ensinar e aprender a língua portuguesa e a literatura
na educação básica, é fundamental dotar-se o professor de instrumentos e práticas metodológicas
que motivem o educando a ler livros de literatura, a fim de que desenvolva o hábito e o gosto em
ler, lendo cada vez mais e a cada nível de estudo; bem como ter conhecimento
dos gêneros literários diversificados.
Também para uma aprendizagem significativa, incentivar o educando a refletir sobre
o que lê , provocando-o a escrever, a
produzir textos com fins e características literárias, bem como publicar seu
trabalho de escrita. O professor de língua portuguesa e de
literatura deve aprimorar suas técnicas, criar perspectivas e desenvolver
mecanismos integrados.
Palavras-chave:
Metodologia. Língua Portuguesa. Literatura. Produção.
AVENTURAS NA
ILHA DA MAGIA
Aline Zilli
(SME/EBM. BRIGADEIRO EDUARDO GOMES)
Resumo: Através do projeto Clube da Leitura da
Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis/SC, foi oportunizada a
leitura da obra da autora catarinense Yedda Goulart, que visitou a escola
básica municipal Brigadeiro Eduardo Gomes, localizada na praia do Campeche em
Florianópolis/SC e interagiu com os alunos do 6° ano do ensino fundamental. Com
a leitura do livro Ilha da Magia,
título do trabalho, os alunos puderam se aventurar pela literatura, por locais
da ilha que nunca tinham visitado, como o Morro da Cruz e o mirante da Lagoa da
Conceição, e por um novo universo de conhecimento, que foi o de vivenciar a
obra e seu criador. A experiência de ter uma escritora de verdade diante dos
olhos dos alunos foi muito interessante e eles interagiram com ela através das
fotos registradas pela Ilha da Magia e de questões formuladas sobre o livro que
leram.
Palavras-chave:
Aventura. Yedda Goulart. Interação.
Literatura.
HORTA COM POESIA
Luciene
Fontão
(SME e UFSC)
Resumo: O projeto “Horta
com poesia: cultivando a vida e o verso na folha” surgiu das oficinas de
Português realizadas com os alunos do Núcleo EJA Centro Matutino I da
Secretaria de Educação de Florianópolis/SC, ocorridas desde 2011, em parceria
interdisciplinar com a disciplina de Ciências. O projeto “Horta com Poesia” foi
parte integrante do Projeto Horta Escolar da Secretaria de Educação do
Município de Florianópolis em que o Núcleo está inserido. Como objetivos, o
projeto propiciou aos alunos: aprender com o cultivo a valorizar a vida e
desenvolver consciência ecológica, atitude e postura socioambiental através da
expressão artístico-cultural de manifestação da linguagem poética. A
metodologia empregada foi a de circuito integrado, que teve como instrumentos: a
leitura, a análise, a audiência e a produção escrita de poemas. Foram estudadas
a biografia e poemas selecionados, a partir do tema natureza, de autores
consagrados da literatura brasileira e portuguesa, como fonte de inspiração
para a produção de poesia - com textos selecionados ora do livro didático do
curso, ora de livro encontrado na biblioteca da escola. Autores lidos: Cruz e
Souza, Delminda Silveira, Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade, Manoel
de Barros, Mário Quintana, Manuel Bandeira, Cecília Meirelles João Cabral de
Melo Neto, Ferreira Gullar, Vinícius de Moraes e Gilberto Gil.
Palavras-chave: Poesia. Horta.
Leitura. Produção.
MESA TEMÁTICA 2 (Em breve)
LEITURA E LITERTURA NA EDUCAÇÃO BÁSICA
MINICURSO 1
OFICINA DE ADAPTAÇÃO – ROTEIROS CINEMATOGRÁFICOS
Marcio Markendorf
Fernanda Muller
(UFSC)
Resumo:
Tendo em vista as estruturas narrativas típicas dos contos de fadas
tradicionais, sistematizadas por Wladimir Propp em "Morfologia do conto
maravilhoso", Joseph Campbell em "A jornada do herói" e J. R. R.
Tolkien em "Sobre historia de fadas", pretendemos identificar os
elementos enfatizados, acrescentados e/ou suprimidos nas adaptações dos
estúdios de animação. A abordagem da adaptação em sala de aula pretende revelar
a existência de um processo no qual a passagem de histórias clássicas de um
gênero para outro (conto para roteiro) e de um meio para outro (literário para
audiovisual) implica determinadas considerações quanto à economia narrativa, ao
público-alvo e aos interesses de circulação e de mercado, importantes guias
para o direcionamento da produção. Como suporte teórico para discutirmos
aspectos da roteirização e da adaptação faremos uso de alguns conceitos
explorados em "Roteiro de cinema e de televisão", de Flávio de
Campos, "A jornada do
escritor", de Cristopher Vogler, "Os segredos dos roteiros da
Disney", de Jason Surrell e "Teoria da adaptação", de Linda
Hutcheon.
Palavras-chave: Narrativas. Adaptação. Roteiros. Cinema.
MINICURSO 2
–
OFICINAS DE ESCRITA
TEORIA DOS BASTIDORES DA ESCRITA OU O
DESEJO DE ESCREVER DO PROFESSOR
Mariana De Bastiani Lange
(UFSC-PGL)
Projeto Escriturando
(UFSC-PGL)
Projeto Escriturando
Resumo: Como superar o
"branco", a ansiedade e outros entraves na hora de encarar a o papel
em branco? O caminho está sempre por encontrar. Uma folha branca está cheia
de caminhos, escreveu o filósofo Jacques Derrida – mas como encontrar esses
caminhos? A escrita, inevitavelmente presente na vida do professor, acaba se
tornando um tanto burocrática e, muitas vezes, se afasta da escrita prazerosa.
Podemos indagar: como transmitir desejo de escrever aos alunos quando não damos
atenção ao nosso próprio desejo de escrever? A “Oficina de Escrita: o desejo de
escrever do professor” é oferecida aos educadores a fim de esmiuçar as relações
entre o desejo e as práticas cotidianas de escrita, visando traçar caminhos
para enfrentar o escrever sem inibições e, mais que isso, tornar o ato de
escrever uma prática cada vez mais saborosa. Roland Barthes afirma que todos
nós podemos ser escritores-escreventes, manejando a escrita como
cidadãos e, ao mesmo tempo, colocando gosto nas palavras. Deste modo, o
objetivo da Oficina é trabalhar não apenas a escrita, mas, principalmente, o
sujeito que escreve.
Palavras-chave: Oficina. Desejo. Escrever. Psicanálise.
A LINGUAGEM NA PRODUÇÃO TEXTUAL TÉCNICA E/OU
CIENTÍFICA
Luciene
Fontão
(SME e UFSC)
Palavras-chave: Linguagem. Aplicabilidade. Produção
brasileira. Artigo científico.
GRUPOS TEMÁTICOS
GT 1:
FORMAÇÃO DE LEITORES
O QUE A LEITURA NOS DÁ?
Márcia Bianchi
(SEEB/SC)
Resumo: A
formação de leitores - O que a leitura nos dá? Em primeiríssimo lugar,
acreditamos na experiência vertical da vida, a
profundidade. Atrelada à ela acrescentamos: agilidade, quem lê
tem mais presteza, velocidade, capacidade de estabelecer relações de todo o
tipo. Avariedade, a leitura - e a literatura - tem o mérito de acolher toda e qualquer
experiência humana, em qualquer parte, época ou situação. A concentração, a
leitura de textos de qualidade impõe exigências e entre elas
está a concentração. A imaginação que é, sem dúvida, um dos valores
mais importantes para toda e qualquer leitura. Por fim, a liberdade. Quiçá o
mais potente valor da leitura - da literatura - seja o maravilhoso
exercício da liberdade.
Palavras-chave: Leitura. Formação.
Imaginação. Liberdade.
INTERFACES ENTRE FORMAÇÃO DE LEITORES, LITERATURA
INFANTIL E CORPOREIDADE: ALGUMAS APROXIMAÇÕES NECESSÁRIAS
Luciana Kornatzki
Sonia Maria Martins de Melo
(PGE/UDESC)
Resumo: Apontamos algumas interfaces
entre formação de leitores, literatura infantil e corporeidade, com o objetivo
de refletir sobre as práticas docentes de ensino da leitura, especificamente
aquelas que utilizam livros de literatura infantil. Entendemos a educação como processo
resultante das relações humanas mediatizadas pelo mundo, e o ser humano como
sujeito biopsicossocial, construtor e construído pelas relações com os outros
seres humanos. Por essas relações, sempre educativas, os sujeitos constroem e
reconstroem inclusive sua corporeidade, também mediante as práticas de ensino
da leitura e formação de leitores. Nesse processo, buscamos possibilidades de
um uso pedagógico emancipatório de livros de literatura infantil na construção,
junto ao público infantil, do entendimento de corporeidade como unidade de
existência humana, conforme as mensagens que expressem esse paradigma.
Palavras-chave: Formação de
Leitores. Literatura Infantil. Corporeidade.
POESIA E ENSINO: O MEL DA PALAVRA E SEU USO NA
ESCOLA
Adris André
de Almeida
(PGL/UFSC)
Resumo: Na Grécia e Roma antigas, grande parte da
educação das crianças e jovens dava-se por meio da poesia. Eram os poetas
Homero e Virgílio os mestres daquele tempo. Em nossos dias, a poesia deixou de
ser a forma preferida de transmissão de conhecimento; ficando com a prosa,
sobretudo a científica, esse trabalho de instrução. Em parte, a poesia deixou
de ser a composição literária preferida na educação desde o próprio
posicionamento de muitos poetas do século passado, os quais levaram à diante o
entendimento da poesia como um fim em si mesma, descartando-a como um meio de
ensino, por exemplo. Se o caráter pedagógico, mesmo moralizante, da poesia tem
estado em baixa, praticamente instinto, na diluição dos valores a partir da modernidade,
qual o sentido de seu uso na sala de aula? Em se tratando da poesia mais
recente, mesmo sem as qualidades formativas de outrora, ela contém outros
elementos indispensáveis para a formação cultural do sujeito, como a
musicalidade, a ludicidade, a criatividade e o uso da imagística. Manoel de
Barros refere-se à poesia como “a mais fina destilação da palavra”,
comparando-a ao mel. O fato é que, para o poeta, nem todos gostam de mel. Esse
paladar, portanto, deve ser apresentado e cultivado pela educação. Daí que, na
escassez de leitores na família, a escola assume um papel importantíssimo na
base cultural das pessoas. Na formação do leitor, ela é um dos poucos espaços,
senão o único, onde se possa vir a experimentar esse mel de que fala Manoel de
Barros. Por isso, esse texto busca uma defesa da poesia na escola, buscando
apontar problemas e possíveis soluções em seu ensino. Com ele, aposta-se que o
texto literário poético seja inestimável fonte de instrução cultural, sempre
necessária em qualquer tempo e lugar.
Palavras-chave: Poesia.
Educação. Formação do leitor.
É HORA DA RODA,
VAMOS OUVIR UMA HISTÓRIA? A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS COMO POSSIBILIDADE DE
HUMANIZAR TEMPOS E ESPAÇOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Fernanda
Gonçalves
Gisele
Gonçalves
(UFSC-PPGE)
Resumo: O presente texto tem como objetivo
refletir sobre a relação das crianças com os livros e as contações de histórias
no contexto da educação infantil, a partir de uma experiência vivenciada numa
creche Conveniada a Rede Municipal de Florianópolis, com crianças de 5 a 6 anos
de idade. Nosso foco de analise é o momento da Roda de contações de histórias
como possibilidade de significar tempos e espaços no cotidiano da educação
infantil, bem como a formação dos pequenos leitores literários. Tomamos como
objeto de análise o momento da Roda e as contações de histórias que aconteceram
neste lugar – socialmente construído com as crianças, leitores-ouvintes
literários (Debus, 2009) em formação. Entendemos a criança como sujeitos sociais
de direitos e com voz, que deve ser respeitada e considerada (Rocha &
Ostetto, 2008). A partir das observações realizadas com as crianças, percebemos
o grande interesse dos pequenos pela Literatura Infantil, pelos livros e pela
contação de histórias: eram pequenos leitores em formação, adquirindo gosto
pela literatura. Não era qualquer história que os envolvia, mas uma boa
narrativa causava verdadeiro encantamento.
Palavras-chave:
Criança. Roda. Contação de histórias.
ERA UMA VEZ UMA "SACOLA-MÁGICA" NA NOSSA
RODA DE HISTÓRIAS: OS JOGOS NARRATIVOS E AS PRÁTICAS DE LEITURA PARA O
LETRAMENTO E A ALFABETIZAÇÃO
Ingobert Vargas de Souza
(PPGE/UFSC)
Resumo: Tudo começa numa roda, alguns livros, uma sacola cheia de objetos
‘encantados’, muitas histórias para ler e contar e uma pergunta: De que forma
os jogos narrativos desencadeiam as práticas de leitura para o letramento e a
alfabetização das crianças do 1º ano B do Colégio de Aplicação da UFSC?
A‘sacola-mágica’ passeia de mão em mão e, quando para, todos ouvem o que a
criança tem a falar. A ‘sacola-mágica’ e a roda de histórias são os jogos
narrativos debatidos neste artigo como forma de expressão ativa de fala e de
escuta das crianças. A partir da pesquisa participativa de tipo etnográfico,
caracterizada pela intervenção direta na realidade, a proposta foi a de se
utilizar da entrada reativa no campo, que consiste em compor/propor/participar
das áreas dos jogos narrativos com as crianças e ficar atento às suas reações.
Outra possibilidade teórico-analítica que tem contribuído para o entendimento
dos movimentos entrelaçados da língua, do sujeito, do sentido, em relação à
educação e a outras esferas do social é a Análise de Discurso que, conforme os
pressupostos de Pêcheux, é debatida na perspectiva de uma disciplina de
interpretação. Dessa forma, busca-se descrever os processos de subjetivação
da criança ator-social; de questionar qual o papel da escola nesse
reconhecimento e, sobretudo, apontar as possibilidades desses jogos sobre a
criança no processo de letramento e alfabetização.
Palavras-chave: Narração de histórias. Brincadeira.
Infância. Letramento. Alfabetização.
LETRA DE FÔRMA: SOBRE
PROFESSAR E ESCREVER
Mariana
De Bastiani Lange
(UFSC-PGL)
Projeto Escriturando
Projeto Escriturando
Resumo: Partindo dos estudos de Roland
Barthes, para quem o processo de escrever afeta o próprio sujeito que escreve,
e do filósofo Jacques Derrida, que propõe pensarmos sobre o verbo “professar” e
suas implicações éticas, indaga-se: qual o papel da escrita na formação de um
bom professor? O presente trabalho está situado no campo de interface entre
Filosofia, Educação e Psicanálise e visa refletir sobre a formação do professor
e a formação do escritor (escritor, para Barthes, como sendo simplesmente
“aquele que escreve”), questionando sobre uma possível relação entre essas
experiências. Com base em teóricos da filosofia e da psicanálise, indaga-se
sobre as reverberações do desejo de escrever na educação, bem como sobre
escrita e transmissão, buscando explicitar as tensões existentes entre a
formação acadêmica e o os desafios cotidianos do educador.
Palavras-chave: Escrita. Ensino. Filosofia. Psicanálise.
GT2 – NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO.
NÃO HOUVE INSCRITOS.
GT 3: PRODUÇÃO PARA CRIANÇAS E JOVENS: TEXTO
E IMAGEM
A LITERATURA ANGOLANA PARA
INFÂNCIA: O CASO ONDJAKI
Eliane
Santana Dias Debus
(UFSC)
Palavras-chave: Literatura infantil. Literaturas
africanas de língua portuguesa. Mercado editorial. Ondjaki.
LITERATURA INFANTIL E PRÁTICA EDUCATIVA:
FRUIÇÃO E
CRIAÇÃO POÉTICA DE EDUCADORES E CRIANÇAS
Simone Cristiane Silveira Cintra
Eliane Santana Dias Debus
(UFSC)
Resumo: Este
trabalho aborda possibilidades de encontros e de mediações: encontros de futuros
educadores e de crianças com a literatura infantil e aspectos do processo de
mediação do adulto junto ao encontro da criança com essa literatura. As
reflexões, aqui apresentadas, foram construídas junto a atividades de fruição e
criação poéticas vivenciadas por estudantes do curso de Pedagogia da
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Algumas dessas atividades
constituem a metodologia “Brincando com o poema”, desenvolvida pela professora
Eliane Debus, e outras integram o trabalho formativo da pesquisa de
pós-doutorado, Teatro, Literatura para a
Infância e Prática Educativa: diálogo entre fazeres, desenvolvida junto ao Programa de Pós-graduação em Educação
(PPGE/UFSC) pela professora Simone Cintra. Todo o trabalho realizado
ocorreu em aulas da disciplina “Literatura e Infância”, as quais tinham por
objetivo ampliar as oportunidades e possibilidades de fruição e criação
poéticas das estudantes por meio do encontro com a literatura, com elementos da
linguagem teatral e com a brincadeira. As atividades foram registradas pelas
professoras/pesquisadoras em imagens fotográficas e texto descritivo, também as
estudantes realizaram registros reflexivos em forma de diários, nos quais
expuseram suas impressões, sentimentos e aprendizados acerca das experiências
vividas. A reflexão sobre esse material de
registro ocorreu em interlocução com estudos e pesquisas que tangenciam
a formação artístico-cultural de (futuros)educadores e os processos de mediação
da leitura literária. Este movimento dialógico possibilitou-nos indicar questões
e aspectos que julgamos relevantes à temática aqui abordada: 1. Os próprios
estranhamento e encantamento das estudantes de Pedagogia em relação às atividades
de criação e fruição poéticas são indicativos da falta de familiaridade que a
grande maioria apresenta em relação à arte. 3. A discussão acerca da mediação da
leitura literária com crianças não pode desconsiderar a escassez de
experiências de fruição e criação poéticas vividas pela maioria dos futuros(as)
educadores(as) de crianças, pois, assim como ocorre com outras expressões
artísticas, a distância entre eles(as) e a literatura é também recorrente. E,
no caso do poema, essa distância pode tornar-se ainda maior. 4. Essa escassez
interfere negativamente na compreensão e criação, por estes(as) futuros(as)
educadores(as), de práticas educativas que proporcionem experiências de fruição
e criação poéticas às crianças com as quais irão conviver nas instituições de educação
infantil e nas escolas, em decorrência da dificuldade de acolherem,
valorizarem e potencializarem o desenvolvimento de algo tão distante do seu
universo pessoal e de sua formação acadêmica.
Palavras-chave:
Literatura Infantil. Fruição. Criação. Mediação de Leitura Literária.
A DESCOBERTA DA VISUALIDADE NAS IMAGENS RITMADAS DE UM GAROTO CHAMADO RORBETO: UMA ANÁLISE DAS ILUSTRAÇÕES DE DANIEL BUENO NA NARRATIVA INFANTIL CONTADA
POR GABRIEL, O PENSADOR
Maria Laura Pozzobon Spengler
(USP)
Resumo: Na contemporaneidade, a imagem que
encontramos nas ilustrações de livros de recepção infantil, vem sendo estudada
como um dos princípios para o reconhecimento de elementos e características
primordiais da compreensão e de possibilidade criativa. Assim, se faz
necessária uma reflexão sobre o papel da leitura da ilustração nos livros de
literatura infantil, como ponto de partida para construção de conhecimento.
Desta maneira, o trabalho aqui proposto vem com a intenção de possibilitar uma
leitura das ilustrações de Daniel Bueno que compõem junto ao texto do cantor
Gabriel, o pensador o livro que leva o título Um Garoto chamado Rorbeto, publicado pela editora Cosac Naify.
Pensamos que uma educação ao olhar se faz necessária para que o leitor, desde a
infância, possa identificar representações do mundo que permeiam as mais
diversas linguagens que o cerca. Esse leitor, que hoje se encontra cercado de
múltiplas informações visuais, textos verbais e não verbais (imagéticos),
carregados de significados a serem decifrados e compreendidos. Este trabalho
também objetiva realizar uma reflexão sobre o papel da ilustração na literatura
destinada ao público leitor infantil e juvenil, buscando uma reflexão sobre a
ilustração que nos é oferecida como parte importante na leitura de uma
narrativa.
Palavras-chave: Ilustração. Visualidade.
Literatura infantil.
PRODUÇÃO LITERÁRIA
PARA CRIANÇAS:
CONEXÕES ENTRE
TEXTO E IMAGEM
Daniela Bunn
(UFSC)
Resumo: Na interface entre texto e imagem,
os sentidos proliferam por inúmeros caminhos. Esta comunicação visa
potencializar a articulação entre texto e imagem e entre imagens de outros
textos na produção contemporânea para crianças, a partir de alguns exemplos
pontuais, baseando-se, principalmente, nas propostas do escritor e ilustrador
Luis Camargo (2003). Promover sensações de reconhecimento, estabelecer linhas
de fuga ao modo de Deleuze (2002) são maneiras pelas quais o professor-leitor
pode trilhar rastros de memória, aproveitando o conhecimento literário de seus
alunos (SOUZA; GARCIA, 2012). Dessa forma, pode-se contribuir para a ampliação
da experiência de leitura e para a formação estética da criança e fazer com
que, cada vez mais, os alunos percebam as nuances dessa dupla narração
(texto/imagem). Em pauta, estranhamentos, devires e encantamentos literários,
contágios, elementos escondidos e (sub)(di)(in)(per)vertidos que fazem rizomas,
estabelecem conexões com diferentes leituras e com um modo diferenciado de
ensino - um ensino pela diferença (GALLO, 2003).
Palavras-chave: Literatura.
Infância. Texto. Imagem.
GT4: TEXTO E
ENSINO
FIGURAÇÕES DA IMPORTÂNCIA DO LATIM NA
OBRA A REPÚBLICA DOS BUGRES DE RUY
TAPIOCA
Cristiano Mello de Oliveira
(PGL/UFSC)
Resumo: A obra A República dos bugres (1999), do escritor baiano Ruy Tapioca revela uma forte ferramenta didática na articulação do latim com a língua portuguesa.
Avulta-se nesse romance contemporâneo uma profunda pesquisa linguística por
parte do autor sobre os clássicos escritores gregos e latinos. O presente
artigo pretende abordar a importância do estudo da língua latina através de
algumas reflexões, buscando posteriormente analisar os trechos do romance,
envergando para uma melhor elucidação do tema aqui proposto. Ao longo desse
artigo pretendemos utilizar como balizamento teórico os seguintes autores:
Weinhardt (2008), Kotche (1995), Viaro (1999) e Carvalho (2007), cada qual ao
seu modo. As contribuições desse artigo buscam levantar um possível diagnóstico
didático para o uso dos romances como ferramenta lúdica no aprendizado do
latim.
Palavras-chave: A República dos
bugres.
Ruy Tapioca. Romance Contemporâneo. Didática. Latim.
NA CONCRETUDE DO
ENSINO CRIAR O DESMONTE DA PALAVRA: A POESIA
Lisley Canola Treis Teixeira
Bárbara Rafaela Brummer
(Colégio de Aplicação./UFSC)
Resumo: Este trabalho nasce da pretensa
intenção de provocar e ser provocado pela poesia no espaço da escola. Mobilizar
a produção da criança no gesto da palavra em estado poético. Vincular dois
elementos complexos - a poesia e a infância - na prática pedagógica tomando a
palavra como gesto instigado na sensação e na presença ausente da materialização
poética pelas percepções da infância. Mergulhar no mais íntimo de si pela
palavra do outro. A poesia, em forma de folha que cai de nuvem que plaina. A
palavra que se desmancha e mostra o mundo insólito. Fazer da poesia uma
experiência, uma sensação, uma aproximação do mundo outro de si e das
coisas. Mas, como fazer isso na
formalidade da escola? Como habitar-se de poesia na razão da escola? Por meio
de uma seleção de materiais recolhidos para sensibilizar audições poéticas, visões poéticas, palavras não
concretas, montagem e desmontagem do sensível, mergulho que exige ambiente, a
criação do “deslugar” e o devaneio compuseram esta proposta. Assim, a poesia
como linguagem e expressão que captura o sensível por meio de um universo de
coisas e sensações percebido, sentido e experimentado organizou-se leituras,
produções e apreciações poéticas com crianças de 4º ano, em 2011.
Palavras-chave: Poesia. Infância. Palavra.
LITERATUR(AÇÃO)
Rafaella Machado
(PPGE/UFSC)
Resumo: Educação
literária ou Escolarização da literatura? Ensino de literatura ou de leitura
literária? Magda Soares (1999), em "A escolarização da literatura infantil
e juvenil", discute a maneira como é inserida a literatura em sala de
aula, afirmando que o termo "escolarização" pode ser visto tanto como
elogio quanto de maneira pejorativa. Considerando que a Literatura em sala de
aula, consequentemente, deve ser escolarizada, sistematizada, defende-se
que essa escolarização deve ser feita de
maneira adequada. Para discutir essa "situação", buscou-se apoio nos
estudos sobre Ensino de leitura literária e Educação literária de Leahy-Dios
(2004), Balça e Pires (2012), Balça (2011) e Roig Rechou (2010). Pretende-se,
então, refletir acerca da ação do professor, relacionada à Literatura em sala
de aula, bem como algumas possíveis adequações da relação entre Escola e
Literatura.
Palavras-chave: Escolarização da
Literatura. Educação Literária. Ensino e Literatura.
A
CRÔNICA DE ANTONIETA DE BARROS
Luciene
Fontão
(SME e UFSC)
(SME e UFSC)
Resumo: O
presente artigo tem por objetivo mostrar a presença de Antonieta de Barros nos
compêndios que tratam de teorizar sobre a Literatura Catarinense a partir da
década de 70 do século XX, ao mesmo tempo em que comenta sobre suas crônicas. A
análise aqui referida usou como metodologia a leitura das crônicas do livro Farrapos de Idéias e das crônicas,
publicadas em jornais pela autora em vida, resgatadas dos jornais entre 1926 a
1952 durante a pesquisa de doutorado, que constam do Apêndice da tese, intitulado Inéditos e Dispersos da autora. As considerações fazem parte do
capítulo dois, um dos fragmentos, da tese intitulada “Nos passos de Antonieta:
Escrever uma vida”, defendida em agosto de dois mil e dez na pós-graduação em
Literatura da Universidade Federal de Santa Catarina, sob a orientação de Zahidé
Muzart.
Palavras-chave: Antonieta.
Crônica. Literatura Catarinense.
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